O debate sobre a eficacia do colete para escoliose idiopática parece estar chegando a uma conclusão.
O estudo Effects of Bracing in Adolescents with Idiopathic Scoliosis “Efeitos da Órtese em adolescentes com escoliose idiopática” demonstrou a capacidade do colete em alterar positivamente a historia natural da escoliose. Foi recentemente publicado no New England Journal of Medicine, uma das revistas médicas mais respeitadas do mundo. Nada de novo para nós, mas sim um reconhecimento por aqueles que nos últimos 20 anos tem-se concentrado tão somente na cirurgia para o tratamento da escoliose .
Quando funciona o colete?
Neste estudo sobre o colete foram incluidos meninos e meninas que apresentavam uma curva entre 20 e 40 graus Cobb. Os dados obtidos mostraram que com o uso do colete obteve-se um resultado positivo em 75% dos casos, enquanto que para aqueles que não estavam em tratamento, a piora da escoliose naturalmente os levou a mais de 50 graus, em média, ou seja, um em cada dois!
Portanto este estudo tem revolucionado as perspectivas de tratamento!
Na verdade, apesar da ênfase dada a este estudo, nós italianos só obtivemos confirmações. A eficácia do colete para a escoliose já havia sido demonstrada em vários estudos observacionais. Infelizmente, há também estudos negativos, nos quais os resultados foram ambíguos, e que haviam colocado em dúvida os resultados positivos. Então se trata de identificar quais são os casos mais indicados para tratamento com colete e aqueles que tem necessidade de outras terapias.
Assim, o colete é a única maneira de parar a escoliose?
Não, não é a única maneira, mas hoje em dia é a mais forte e mais eficaz em casos de risco de cirurgia. Existe uma hierarquia no campo da terapia, e antes de chegar ao colete, em situações menos graves, há espaço para exercícios específicos que podem reduzir drasticamente a necessidade de recorrer ao colete, e assim, indiretamente diminuir as taxas de cirurgia.